26 DE SETEMBRO DE 2017por admin202017
A paixão pela música precisou ser escondida na infância de Inezita porque a família cultivava a ideia de que era feio ser artista. Nas férias no campo, ela inventava que ia ver “a vaca nova que chegou”, quando na verdade corria para se meter na roda de viola entoada pelos colonos caipiras.
O gosto pelo cancioneiro caipira acompanhou Inezita desde a infância. Desde a moda do ¨Boi Amarelinho¨ e ¨Moda da Pinga¨ até seu último programa gravado para a televisão. Aqui, nas fitas recuperadas de seu acervo, Inezita aparece com músicas caipiras diversas e partes de sua discografia do gênero.
Se fosse possível escolher alguns discos deste repertório, certamente sua planejada quadrilogia seria a mais representativa de sua verve caipira. São os long plays: ¨Clássicos da Música Caipira¨ (Copacabana, 1962), Clássicos da Música Caipira – Volume 2¨ (Copacabana, 1972), ¨Jóia da Música Sertaneja¨ (Copacabana, 1978) e ¨Jóias da Música Sertaneja¨ (Copacabana, 1980).
Do seu repertório selecionado, destaque para a gravação original de ¨Moda da Pinga¨ (de domínio público, mas no disco atribuída a Laureano), em 1953. Do mesmo ano, ¨A Viola e o Baralho¨ (Raul Torres), gravada no lado B de um compacto da cantora. De Bezerra de Menezes, compositor que Inezita tanto gostava, há ¨Burro Chucro¨.